quinta-feira, 19 de julho de 2007

Relativamente ao Absoluto...


Já há algum tempo que sinto vontade de escrever sobre verdades absolutas, numa altura em que toda a gente parece optar pelo relativismo fácil como forma de se desculpar por atitudes egocêntricas e irresponsáveis. O relativismo parece ser a nova religião da moda, onde tudo é permitido e ninguém é tomado demasiadamente a sério porque “o que é verdade para ti pode não ser para mim!” Cada um tem a sua maneira de pensar e todos têm razão, pois o critério de avaliação depende de cada um, do seu passado, das suas experiências. Algo pode ser bom para mim, mas mau para outra pessoa.
Uma coisa é certa, sempre houveram e sempre haverão verdades absolutas! O preto sempre foi preto e o branco sempre foi branco. Da mesma forma o bem sempre foi bem e o mal sempre foi mal! Eu até posso gostar de fazer o mal, mas isso não o torna bem, nem sou eu quem decide o que é o quê. Se calhar devíamos perguntar ao Bin Laden o que é o bem e assim poderíamos fazer mal a muita gente!
Há pouco tempo falava com um amigo que defendia o relativismo dizendo: “Hoje em dia não existem absolutos!” Questionei-o: “Tens a certeza absoluta disso?” Como pode alguém ter a certeza absoluta de que não existem absolutos? Espero que ele já tenha chegado a uma conclusão… Falava-lhe acerca de Deus e das provas científicas (ou seja, conhecimento exacto e raciocinado de evidências que se observam, experimentam e verificam, pois é este o verdadeiro significado de ciência) da Sua existência, as provas que mostram que a Terra não tem biliões de anos, as provas de que houve realmente um dilúvio e de que o homem não vem do macaco, nem a vida evoluiu de matéria morta, ou não-viva, ao longo de milhões de anos. Enfim, a parte da ciência que não é ensinada nas escolas. Falava-lhe do plano de salvação de Deus para a humanidade e de como a Bíblia ainda hoje é prática e faz sentido. O que os profetas escreveram no Antigo Testamento e os apóstolos no Novo Testamento ainda é actual, pois a necessidade que o homem tem de Deus é real e básica. Há quem não associe essa necessidade a Deus, preferindo buscar alegria em bens materiais, mas coitado daquele cuja felicidade depende de coisas, pois o que lhe sucederá se elas um dia faltarem? “Porque onde estiver o teu tesouro, aí estará também o teu coração.” – Mateus 6:21. Não é errado encontrar alegria nas coisas boas que o dinheiro pode comprar, mas nunca deveríamos confiar nelas para a felicidade. Se a nossa realização depende de posses materiais, seremos esmagados quando as perdermos. Mas se a nossa alegria é achada no Senhor, nada a pode perturbar, nem mesmo o infortúnio económico. “Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide, ainda que o produto da oliveira falhe, e os campos não produzam mantimento, ainda que as ovelhas sejam exterminadas, e nos currais não haja gado, todavia em me alegrarei no Senhor, exultarei no Deus da minha salvação.” – Habacuque 3:17-18
Muitas pessoas não conseguem encontrar Deus no seu dia-a-dia porque procuram nos lugares errados. Buscam as experiências em vez de buscarem a Deus, preferindo o transe, a meditação, yoga, as vidências, os horóscopos, as energias do Universo, etc. Nem todas as experiências “transcendentais” provém de Deus e como tal podem levar a um afastamento dele. “Não vos deixeis levar por doutrinas várias e estranhas; porque bom é que o coração se fortifique com a graça, e não com alimentos, que não trouxeram proveito algum aos que com eles se preocuparam.” – Hebreus 13:9. “(…) contudo não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes nas suas especulações se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu.” – Romanos 1:21. Deus quer trazê-lo a um relacionamento com Ele por saber que isso excede toda a alegria e felicidade que você pode encontrar nas coisas mundanas. Ele quer que sintamos a Sua presença, porém Ele está mais interessado em que confiemos nele. Fé, e não sentimentos, agrada a Deus.
Veja o caso de Job, em um único dia ele perdeu tudo: família, negócios, saúde e tudo o que possuía. E, o que é pior, ao longo de 37 capítulos do livro de Job, Deus não disse nada!
Como louvar a Deus quando não compreendemos o que está acontecendo na nossa vida e quando Ele está em silêncio? Como permanecer em comunhão durante uma crise e sem nenhum contacto? Como manter os olhos em Jesus quando ele estão cheios de lágrimas? Fazendo o que Job fez: “Então prostrou-se, rosto em terra, em adoração, e disse: Saí nu do ventre da minha mãe, e nu partirei. O Senhor o deu, o Senhor o levou; louvado seja o nome do Senhor.” – Job 1:20-21.
Diga a Deus exactamente como se sente! Derrame o seu coração perante Ele. Descarregue todos os seus sentimentos. Job fez isso quando disse: “Por isso não me calo; na aflição do meu espírito desabafarei, na amargura da minha alma farei as minhas queixas.” – Job 7:11.
Sabia que admitir a Deus o seu desespero pode ser uma declaração de fé? Confiando em Deus e sentindo desespero ao mesmo tempo, o rei David escreveu: “Eu cri, ainda que tenha dito: Estou muito aflito.” – Salmos 116:10.
Concentre-se em quem Deus é, na Sua natureza imutável. O homem muda, é inconstante, mas Deus permanece o mesmo. Independentemente das circunstâncias e de como se sente, apegue-se ao carácter imutável de Deus. Lembre-se daquilo que é eternamente verdadeiro a respeito d’Ele: Ele é bom, Ele me ama, Ele está comigo, Ele sabe por que circunstâncias estou a passar, Ele importa-se comigo e tem um plano bom para a minha vida.
Confie que Deus cumprirá as promessas, pois “(…) a palavra do Senhor
permanece para sempre. (…)” - 1Pedro 1:25. Em tempos de seca espiritual, confie pacientemente nas promessas de Deus e não nas emoções. Aperceba-se de que Ele o está levando a um nível mais profundo de maturidade. Uma amizade baseada em emoções é, na verdade, frívola. Não fique demasiado preocupado com os problemas. As circunstâncias não podem mudar o carácter de Deus. A graça de Deus ainda está em plena força; Ele ainda é a seu favor, mesmo que não o sinta. Na ausência de circunstâncias confirmativas, Job apegou-se à Palavra de Deus: “Não me afastei dos mandamentos dos seus lábios; dei mais valor às palavras de sua boca do que ao pão de cada dia.” – Job 23:12.
Lembre-se do que Deus já fez por si. Aquilo a que nós chamamos “sorte” e “coincidências”, será que é esse o nome correcto para lhes dar? Ou deveríamos chamar-lhes “graças” e “bênçãos”? Mesmo que Deus não tivesse feito mais nada por si, Ele ainda mereceria o seu louvor durante o resto da sua vida, por causa do que Jesus fez, por si , na cruz. O Filho de Deus morreu por nós! Este é o maior de todos os motivos para O adorar. Jesus morreu para que cada um de nós pudesse viver para sempre. Foi este o plano de Deus na criação, quebrado pelo homem e restaurado novamente por Deus. Somente isto já vale o nosso agradecimento e louvor contínuo. Nunca mais deveríamos perguntar por que motivo devemos estar gratos!
Que Deus o abençoe.

1 comentários:

Térsio Vieira disse...

"CONHECEREIS A VERDADE E A VERDADE VOS LIBERTARÁ" JESUS CRISTO.

O SEU POST ESTÁ MUITO PROFUNDO ;)

DEUS LHE ABENÇOE!